quarta-feira, 30 de abril de 2014

Bebidas Tradicionais de Cabo Verde

Bebidas 

O grogue é uma aguardente produzida a partir da fermentação da cana-de-açúcar. Sua produção é artesanal e praticamente toda a cana cultivada no país é processada nos tradicionais trapiches movidos a boi para a felicidade de muitos cabo verdianos e turistas.
A principal ilha produtora é a de Santo Antão.





Também conhecido como grogu ou grogo, o grogue é uma aguardente produzida a partir da fermentação da cana-de-açúcar. Sua produção é artesanal e praticamente toda a cana cultivada no país é processada nos tradicionais trapiches movidos a boi para a felicidade de muitos cabo verdianos e turistas.

A principal ilha produtora é a de Santo Antão.
 

 
Alambique artesanal na Cidade Velha
Norbert Dreech provando
o Grogue puro
Mas beber o grogue puro é para poucos!
Tem gente que diz que ele “desce rasgando” e por isso é muito comum que ele seja misturado ao mel, virando o famoso ponche. 
A mistura também pode ser feita com as mais variadas frutas!
E para quem prefere bebidas não alcoólicas, é claro que há a possibilidade de aproveitar o suco feito direto da cana, além de todas as  frutas tropicais presentes na região!


O famoso grogue, aguardente de cana-de-açúcar, bebida fortemente alcoólica e fabricada ainda por métodos artesanais na ilha de Santo Antão ou em zona rurais de Santiago, encontra-se generalizado por todo o arquipélago podendo ser adquirido em atraentes embalagens. O pontche e os licores de frutos juntam o “grogue” aos sabores tropicais.
Entre as bebidas não se deve deixar de provar o vinho frutado do Fogo (branco e tinto), o manecon, produzido nas encostas do vulcão, e o café cru, um dos melhores do mundo. “Manecon”, é um dos produtos mais exportados da ilha para o exterior de Cabo Verde.


Fogo está em plena vindima. Nos mercados nacionais já se vende uva e nas três adegas da ilha do Vulcão a campanha de vinificação decorre a todo o vapor. As perspectivas de produção são contudo diferentes para cada uma. A adega Maria Chaves prevê uma quebra. Já as adegas de Chã e Sodade prognosticam um aumento. Sorte que partilham com os produtores do vinho caseiro – o manecon -, famoso pelo seu aroma forte e cor intensa.

Arrancou a produção vinícola no Fogo
Este ano a Vinha Maria Chaves comprou menos uva aos agricultores de Chã das Caldeiras: 30 mil quilos, longe dos 50 mil quilos de 2012. É a primeira consequência da subida do preço do fruto. Um quilo é agora vendido a 180 escudos, um preço “altíssimo”, para o padre Octávio Fassano, o responsável pelo projecto da Associação de Solidariedade Social (ASDE).
Caindo a quantidade de uva, cai também a produção de vinho. Daí que neste ano de 2013 a Maria Chaves só possa colocar no mercado uma média de 27 mil garrafas de 0.75 litros de vinho – tinto, rosé e branco. Com as uvas colhidas na sua propriedade a adega dirigida por padre Fassano só poderá produzir 20 mil garrafas. Mesmo assim, está muito longe da produção registada no ano passado: 65 mil garrafas.
Recorde-se que, nos últimos dois anos, a Vinha Maria Chaves comprou a uva aos camponeses de Chã das Caldeiras pagando com “dinheiro vivo” e na hora. A prática foi aplaudida pelos agricultores, que antes tinham de entregar as uvas às adegas de vinho Chã e Sodade, recebendo só mais tarde. Mas também choveram criíticas: as adegas concorrentes, que acusaram a Maria Chaves de “concorrência desleal”.

Maior produção para as adegas Chã e Sodade

Em 2012 a adega Sodade registou a sua maior produção de todos os tempos – desde que começou a funcionar, em 2007. Dos mais de 40 mil litros de vinho, boa parte foi exportada para os Estados Unidos. Este ano, Sodade perspectiva que ultrapassará essa barreira, atingindo as 50 mil garrafas de vinho branco, rosé e tinto. Até aqui já conseguiu colher perto de 5 mil quilos de uva. A adega do vinho de marca CHÃ também acredita que aumentará a sua produção, ultrapassando as 107 mil garrafas que pôs no mercado no ano passado. Os dados apontam, no entanto, para uma produção de uva preta menor do que a de uva branca. O que significa que haverá menos vinho tinto este ano.

Vinho caseiro ganha mercado

O vinho caseiro Manecón também está a conquistar terreno no mercado nacional e internacional, tornando-se num negócio rentável para alguns produtores. Mais sofisticado e um pouco mais depurado, o Manecón ganhou uma nova roupagem – agora passou a ser engarrafado; Calcula-se que este ano ultrapasse os 20 mil litros. Um aumento da produção que responde também a uma maior demanda. Muitos são os que hoje não dispensam esse vinho produzido em casa pelos homens de Chã das Caldeiras, Relva-Achada Grande e outras zonas altas da ilha do Fogo. Cada litro de Manecón oscila entre os 400 e os 500 escudos. O consumo do Manecón é mais local, mas não pára de ganhar apreciadores nas ilhas de Santiago e Sal.